Novo Trapiche Municipal de Breves
O Prefeito Xarão Leão a cada dia, sem “forçar a barra” – como outros faziam – está provando que na sua forma simples de ser e de administrar, reserva sempre uma surpresa agradável a seus admiradores, aos que amam Breves e, paralelamente, faz com que seus adversários políticos “percam o sono” e sejam acometidos daquele conhecido “stress” que incomoda pessoas invejosas e que sofrem de urticária quando vêem os outros trabalhando sério e em prol da população.
E foi assim que Xarão, que quando adolescente, certamente vivenciou a fase áurea do “Trapiche Municipal”, local “sagrado” para a juventude da época, que tinha, alí, o lugar mais apropriado para se divertir, tomar banho, pescar e... namorar.
Era uma unanimidade o pensamento dos Brevenses em eleger um Prefeito que tratasse o “Trapiche Municipal” com carinho, mantendo suas linhas arquitetônicas de uma época de ouro, e cujo local fez história. Era lá no Municipal que encostavam os poucos navios da época, ainda movidos a lenha, como o BARÃO DE CAMETÁ, MANAUENSE, PIMENTA BUENO... para depois receber os mais modernos, já movidos a Diesel, como os da SNAP, depois ENASA, (AUGUSTO MONTENEGRO, LOBO D’ALMADA, LEOPOLDO PERES), encarregados das linhas Belém/Manaus/Belém, fazendo escala em Breves, acredito que uma vez por semana, no máximo.
Foi também no “Trapiche Municipal” que começaram muitos namoros e cujos casais vivem até hoje, sem esquecer a bela história de amor iniciada ali, sem muita pretensão, ao som de uma música do Roberto Carlos, tocada no “serviço de Auto Falante”.
Mas... para quem não sabe, é bom lembrar que o “Trapiche Municipal” também guarda histórias tristes: Em uma dessas ocasiões de atracação desses navios, houve uma briga entre políticos. Na época, eram dois partidos ferrenhos: O PSD e PSP. O certo é que havia também um policial que não era bem aceito na sociedade e que, de alguma forma estava prejudicando um dos partidários. A chegada desses navios, trazendo cargas e passageiros era quase uma festa. Muitas pessoas iam ao trapiche para assistir aquela movimentação. Nessa noite, no meio da confusão, o jovem Benedito Cunha (que não estava na briga), foi alvejado com um tiro, disparado pelo Policial, tendo morte instantânea. Até hoje existe uma placa com uma inscrição, em homenagem ao Benedito Cunha, filho do conhecido “SEU CUNHA’. (Essa homenagem aconteceu já gestão do então Prefeito Carlos Estácio).Portanto, esse local não pode nunca mais ser abandonado como ficou durante tantos anos.
Mesmo sem estar inaugurado, o Trapiche Municipal já deixa contente os Brevenses que por ali passam. Todos parabenizam o Prefeito Xarão Leão pelo seu gesto de sabedoria em preservar com respeito e dignidade, um local que para muitos pode até não significar nada, mas para tantos outros, é um marco, uma boa lembrança. Para tantos outros, um local que traz recordações... saudades...
O “Trapiche Municipal” que agora está de “cara nova”, alegre, feliz, acolhedor como sempre o foi, está impregnado na memória dos Brevenses como algo precioso, uma espécie de jóia antiga, mas valiosa, que precisa ser preservada.